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14/07/2011

CAMINHO DE PEABIRU - Trilhas e Monumentos Incas no Brasil

Olá , obrigado pela oportunidade de colaborar .
Assim como outros colegas, pretendo trazer algumas informações e reportagens sobre assuntos relacionados ao grande momento que vivemos aqui no planeta, o processo de libertação de dogmas, a descoberta da real história da humanidade , enfim juntar pecinhas. Como sou extremamente aventureira e amante da natureza, claro, eventualmente meu foco vai estar direcionado a, trilhas, montanhismo, passeios de aventura enfim algumas dicas de quem se interessar e achar necessário estar mais integrado a natureza nesses tempos vindouros.

Hj quero trazer aqui informações sobre o Caminho do Peabirú , quase desconhecido para a maioria porém de importância histórica indiscutível , provável cenário de acontecimentos importantes do passado que remontam a época do império Inca.

O caminho inicia na costa do atlântico , no Brasil, mais precisamente Santa Catarina (com ramificações que ligam o caminho a várias comunidades indígenas e atravessa o território brasileiro chegando até a Amazonia ) atravessa território brasileiro, Bolivia e Peru, chegando aos Andes , como pode ser visto no mapa ao lado.

A designação Caminho do Peabiru foi empregada pela primeira vez pelo jesuíta Pedro Lozano em sua obra "História da Conquista do Paraguai, Rio da Prata e Tucumán", no início do século XVIII.

Constituía-se uma via que ligava os Andes ao Oceano Atlântico, mais precisamente Cusco, no Peru, ao litoral na altura da Capitania de São Vicente (atual estado de São Paulo), estendendo-se por cerca de três mil quilômetros, atravessando os territórios dos atuais Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil.

Em 1524, o náufrago português Aleixo Garcia, numa expedição integrada por dois mil indígenas carijós, partindo da Ilha de Santa Catarina ("Meiembipe"), percorreu essa via para saquear ouro, prata e estanho, tendo atingido o território do Peru, no Império Inca, nove anos antes da invasão espanhola dos Andes em 1533.

Outros relatos dão conta de que Martim Afonso de Sousa, fundador da Vila de São Vicente, só se fixou naquele trecho do litoral porque, de antemão, dispunha de informações de que, dali se teria acesso ao caminho que o levaria às minas do Potosí, na Bolívia, e aos tesouros dos incas.

Segundo a tradição desse povo, o caminho não foi aberto por eles, que atribuem a sua construção ao ancestral civilizador Sumé, que teria criado a rota no sentido leste-oeste.

Alguns afirmam que se tratava de São Tomé o que foi mencionada por índios, padres, autoridades e colonos europeus no século 16. A versão corrente é que um homem branco, barbudo, teria chegado ao litoral brasileiro “andando sobre as águas”. Os indígenas brasileiros o chamavam de Sumé.

Em sua peregrinação, teria ido ao Paraguai, abrindo o Caminho. Ali foi visto e chamado de Pay Sumé. Saindo do Paraguai, a misteriosa figura teria continuado até os Andes. Os pré incas o chamaram de Kuniraya. Mais tarde, o personagem recebeu dos Incas o nome de Viracocha. Após um período no Peru, ele teria ido embora, também “andando sobre as águas”..

Pesquisas iniciadas no século XIX pelo Barão de Capanema levaram à formulação da hipótese de que este caminho ter sido criado pelos incas numa tentativa de trazer a sua cultura até os povos da costa do Ocean Atlântico, abrindo o caminho no sentido oeste-leste, portanto. Como apoio a essa linha refere-se o testemunho de mais de um cronista de que os incas chamavam seu território de Biru. Desse modo, a denominação do caminho poderia resultar do híbrido pe-biru, que equivaleria a "caminho para o Biru".

Monte Crista : Um trecho místico do Caminho do Peabiru, pra quem gosta de aventura e contato com a natureza.

Um dos trechos desse caminho ou trilha Inca hoje em dia é explorado por amantes da natureza, montanhistas que se aventuram nessa mata para subir ao Monte Crista, ou fazer a travessias mais longas por essa trilha. A trilha que vai ao Monte Crista , desde a Pousada Monte Crista até o Guardião de Pedra, tem quase todo seu trajeto calçado de pedras que formam perfeitas escadarias de vários quilômetros de extensão.

O Monte Crista é uma montanha repleta de histórias fantásticas Cercada pela intocada Mata Atlântica, protegida entre as serras, com flora exuberante e rica em mananciais hídricos, esconde segredos e desperta mistérios quanto à origem de seus caminhos (peabirus), escadarias e monumentos de pedra.

Localizada no norte do estado de Santa Catarina, no município de Garuva, tem 967 metros de altitude e está ligada à cadeia de montanhas do santuário ecológico da Serra do Mar. Sua altitude e posição privilegiada, em relação a serra e demais montanhas, conferem-lhe o aspecto majestoso e soberano que deu origem ao nome: “Monte Crista".

Em meio a tantas lendas de plataformas rochosas, pedras com superfícies achatadas, pátios de paralelepípedos gigantes, uniformes e distribuídos de forma simétrica, destacam-se as escadarias do Peabiru e o Guardião de Pedra.

No Caminho de Monte Crista, que é apenas uma pequena parte da milenar trilha existem algumas obras de engenharia simplesmente admiráveis. A peculiar técnica de construção das canalizações d’água, como a da escadaria de pedra, faz lembrar as antigas obras de engenharia que se encontram na região andina, feitas por civilizações incas e pré-incaicas.

O Guardião de Pedra -

No ponto mais alto da montanha, há 7.000 metros da Pousada Monte Crista, está a figura mitológica conhecida como Guardião de Pedra, Homem Sentado, Buda, Vigia, Sentinela e Homem de Pedra. As escadarias do Peabiru fazem um contorno na montanha, aonde ao chegar ao topo do Monte Crista, o Guardião é visto de perfil, conferindo-lhe a aparência de um Buda ou homem sentado na posição de semi-lótus.

É formado por blocos de pedra de encaixe perfeito, equilibrado um sobre o outro, com cintura, tronco e cabeça, sendo esta formada por, um único bloco de pedra inteiramente arredondado. Os vários monumentos em volta ao Guardião, formados por uma pedra arredonda apoiada sobre outra achatada, demarcam os Solstícios e Equinócios na Montanha.

Fui pessoalmente conferir o a trilha do Monte Crista , fica na cidade de Joinville a 190 Km de Florianópolis, e é parte desse caminho do Peabirú. O cenário é realmente mágico, as imensas escadarias de pedra em praticamente todo o trajeto de subida ao Monte Crista, a exuberante mata Atlântica parecem ser testemunhas silenciosas de um passado fantástico da passagem Inca no território brasileiro. Impossível não se perguntar o porque do o povo Inca ter interesse em alcançar o Atlantico. Exige um certo preparo físico e a subida na parte final é bem extenuante mas vale muito a pena conquistar o cume , no meu caso cheguei quase noite, muita neblina e acampei ao lado da Pedra do Guradião, quase num precipício , mas vale a sensação de estar num lugar histórico cercado de monumentos e vestígios históricos de uma época tão remota de conquistas e busca de sonhos.

Para os interessados em aventura, algumas informações iniciais sobre que levar para uma possível incursão mata adentro para percorrer um dos trechos mais místicos desse lendário caminho, vestígio da civilização Inca. Tempo de Duração : 5 a 7 horas do inicio da trilha até o cume (dependendo preparo físico)

Nível Dificuldade: Médio

O que levar :

Mochila de costas, Máquina Fotográfica, Saco de dormir, Isolante térmico, Fogareiro, Barraca se for pernoitar, Lanterna de cabeça, Repelente, Cantil ou garrafa de 500 ml (tem água pelo caminho) Medicamento que estiver usando.

Aconselhável levar perneiras ou proteção, pois a região tem cobras ( jararacas ).Vestuário adequado para temperaturas baixas se for inverno. Bota ou Tênis de Montanha

- Calça Impermeável- Casaco Impermeável (Anorak)

- Pares de Meias- Óculos de Sol- Luvas Finas

- Boné ou Gorro

Um abraço, até a próxima

Diana

Fontes: www.montecrista.com.br

http://vestigios-222.blogspot.com/2010/11/caminho-do-peabiru.html

4 comentários:

  1. Muito bom, Diana, sua postagem me deixou com "água na boca" para fazer essa trilha até o Monte Crista pelo menos, de preferência todo o Caminho do Peabiru, até o fim na Bolívia. Deve ser realmente magnífico.

    Quanto ao nome do ancestral "SUMÉ", lembra "SUMÉ(RIO)", ou seja "VINDO DA SUMÉRIA". E a parte final do nome "PEA-BIRU", ou seja "BIRU", lembra "NIBIRU", o planeta de origem dos fundadores Anunnaki da civilização Suméria. Interessante, né? Um dia saberemos toda a VERDADE. Grato por compartilhar.

    CORAGEM

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  2. Antes de ler o comentário, pensei a mesma coisa. Intrigante.

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  3. Muito bom,Diana! Sabe que Zé Ramalho,em 1975, lançou o disco PaêBirú e com a música Na Trilha de Sumé conta um pouco desses mistérios; fiquei com vontade de fazer a trilha tbm...rs.

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