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03/12/2011

Região do Pacífico se torna zona de rivalidade militar entre os EUA e China


© Flickr.com/futureatlas.com/cc-by


O ministério do Exterior da China qualificou o fortalecimento da presença militar dos EUA na região do Pacífico como retorno à estratégia da Guerra Fria . O motivo da declaração foi o acordo entre Washington e Camberra sobre a colocação de dois mil e quinhentos fuzileiros navais na base de Darwin, no norte da Austrália.

Os observadores assinalam a principal tendência de fortalecimento da cooperação militar no Oceano Pacífico: quanto mais forte se torna a economia da China e mais rápida é a modernização de suas Forças Armadas, tanto mais ativos são os EUA na região. É evidente o aumento da contraposição estratégica entre as duas grandes potências.

E se o deslocamento de fuzileiros navais desempenha um papel bastante simbólico de cumprimento dos compromissos de aliados, a presença de americanos no estreito de Malaca permite-lhes controlar e, se necessário, fechar este “gargalo da garrafa”, através do qual  o petróleo do Oriente Médio é transportado para o Pacífico. Na direção oposta passa o fluxo de artigos industriais. Os americanos não pretendem reduzir também seus numerosos contingentes na parte ocidental do Oceano Pacífico. São 80 mil soldados no Japão e 28 mil – na Coréia do Sul.

É indicativa também a recente visita da secretária de Estado Hillary Clinton a Myanmar. Os chefes da diplomacia americana não iam lá desde 1955. Mas assim que os jornais locais demonstraram que estão dispostos a fazer reformas democráticas, Washington aproveitou-se disto. Mas a essência da visita, na opinião dos observadores, não está nisto. O principal é mostrar à China que seus interesses em Myanmar não coincidem totalmente com os americanos.

O chefe do Pentágono, Leon Panetta, que esteve recentemente na região, declarou laconicamente: os americanos não planejam reduzir sua presença na região. Sua estratégia é orientada para a criação de contraposição à política “de afirmação”, como chamam em Washington, da China. Com isto, os EUA querem dizer o agravamento dos litígios territoriais da China com os vizinhos, o aumento de suas despesas militares, diz o observador militar, Viktor Baranets.

A China aumenta em altos ritmos os músculos militares tanto em terra como no mar e já sai para o cosmos. A China comprou à Rússia um porta-aviões e já o leva para testes. Ora  isto abala incrivelmente os nervos dos EUA.
Esta contraposição pode criar uma ameaça de surgimento de conflitos militares na região, considera o analista militar Vladimir Evceev.
Aliás, os peritos indicam um fator, mas muito importante, que pode evitar isto. A China e os EUA são as principais economias do mundo e estão tão interligadas que qualquer conflito militar entre eles pode provocar uma catástrofe econômica global. Tanto em Pequim como em Washington compreendem isto e o mais provável é não chegarem a um ponto sem retorno.

Na região do Pacífico deve ser criado um mecanismo de garantia da segurança, semelhante a OSCE, dizem os peritos. Mas, por enquanto, existe a possibilidade de usar as alavancas de ação já existentes. No próximo ano, a Rússia irá receber os líderes da APEC em Vladivostok. Por iniciativa da direção russa, o problema da redução da corrida armamentista na região será colocada na ordem do dia do próximo encontro de cúpula.

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